Tantos benefícios podem fazê-lo desejar que seu filho se transforme em um Beethoven. Pode ser que ele se torne realmente um músico, mas apenas se tiver vocação e, acima de tudo, paixão. Mas a educação musical e a convivência com sons são importantes em todo o desenvolvimento da criança, e devem ser estimuladas desde que ela nasce. As canções de embalar e outras rimas sonoras podem ser um bom começo.
Bia Paes Leme, que acha fundamental a “musicalização” caseira, dá algumas dicas: “Se alguém da casa sabe música e tem um instrumento, basta reservar um tempinho para brincar com a criança. Se ninguém entender do assunto, que tal aprenderem juntos?” A invenção de instrumentos a partir do coco, das panelas e das caixinhas é outra forma de estimular a criatividade e, informalmente, apresentar a música ao pequenino.
Hoje, com a ajuda dos programas de computador, é possível estar no meio de uma orquestra e fazer de conta que cada instrumento é um bicho da floresta. “Mas o melhor mesmo é fazer uma analogia baseada no real, dando nomes e explicações, porque crianças são curiosas e adoram aprender o que é cada coisa, de verdade”.
Nem precisa dizer que o contacto formal com a música não deve ser forçado, mas acontecer a partir de um desejo da própria criança. Permita que seu filho experimente sem ter medo de não gostar ou de decepcionar a família. Ao invés disso, procure fazer da música parte da sua vida, deixe que as vibrações sonoras tenham efeito sobre você, e cante. Cante no banheiro, na cozinha, no carro, na rua. Afinal, quem canta…
Andréa Boechat
Revista Pais e Filhos